Blog em férias vai devagar.
Os leitores descansam, o autor faz cara de turista.
Enquanto isso, li uma matéria sobre escritoras na França, discutindo calorosamente se preferiam a palavra "ecrivain" ou "ecrivaine". A mesma conversa antiga entre poeta e poetisa.
Quanto a mim, autor ou autora, estou sempre comendo amendoins.
domingo, 28 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Manuscrito de Simenon
Andando a toa pela rua, esbarrei no pequeno Museu de Cartas e Manuscritos.
O acervo e' pequeno ou havia pouca coisa exposta. Apesar de minha paixao por Proust, o manuscrito que mais me comoveu foi um volume datilografado de Simenon: Maigret e a velha senhora, ou algo assim.
Ouvi historias de seu metodo de trabalho: ele escrevia seus livros em onze dias. Antes pensava, planejava, concebia a trama. Entao avisava a todos os amigos e conhecidos que comecaria a escrever, e passava onze dias trancado sem falar com ninguem.
Nao sei onde li, nem se e' mesmo verdade. De qualquer forma, como gosta de dizer meu cabrito: se non e' vero, bene trovato.
(obs: texto em ferias nao tem revisao, por isso nao verifiquei a ortografia em italiano)
O acervo e' pequeno ou havia pouca coisa exposta. Apesar de minha paixao por Proust, o manuscrito que mais me comoveu foi um volume datilografado de Simenon: Maigret e a velha senhora, ou algo assim.
Ouvi historias de seu metodo de trabalho: ele escrevia seus livros em onze dias. Antes pensava, planejava, concebia a trama. Entao avisava a todos os amigos e conhecidos que comecaria a escrever, e passava onze dias trancado sem falar com ninguem.
Nao sei onde li, nem se e' mesmo verdade. De qualquer forma, como gosta de dizer meu cabrito: se non e' vero, bene trovato.
(obs: texto em ferias nao tem revisao, por isso nao verifiquei a ortografia em italiano)
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Intelligent life
Comprei uma revista esnobe no aeroporto mas... era a unica revista de cultura na loja! Ate' o Brasil tem mais revistas de cultura que o aeroporto de Madri.
De todo modo, tres textos bons. O melhor, "What sobriety does to novelists" eu precisaria digitar. Este sobre o Leopold Museum em Viena e' interessante e esta' disponivel no site:
"Schiele’s short, tormented life has its own bitter and dark romance. This amazingly gifted young artist, born in 1890, was nurtured in the spirit of Austria’s Secession movement—a rejection of the Beaux Arts classic style and the stuffy mediocrity of the salons. He was inspired by Klimt’s decorative eroticism and, in the first decade of the 20th century, turned it into a form of daring, expressionistic figuration—supercharging it in the process. The work Schiele produced in the last ten years of his life was as powerful and individual as late Van Gogh: it was as if Arthur Rimbaud had turned painter.
The outrage and bourgeois horror provoked by the overt carnality of his skinny, distorted male and female nudes was predictable; prosecution for perversion of minors less so. In 1912 Schiele, then living in a small provincial town, made the mistake of inviting pubescent girls to his studio and using them as his nude models. He was eventually acquitted of child abuse but found guilty of having erotic images around children and imprisoned for 24 days. The experience had a profound and disturbing effect on him.
Despite this scandal, by the end of the first world war his reputation was growing and he was just beginning to be spoken of as the natural heir to Gustav Klimt when the 1918 flu pandemic claimed in October, first, the life of his heavily pregnant wife, Edith, and then, three days later, the artist’s own. Egon Schiele was dead and forgotten at 28, but with an astonishing body of work behind him, waiting for Rudolf Leopold to discover it and present it to the world."
(William Boyd, Intelligent life, junho 2009)
De todo modo, tres textos bons. O melhor, "What sobriety does to novelists" eu precisaria digitar. Este sobre o Leopold Museum em Viena e' interessante e esta' disponivel no site:
"Schiele’s short, tormented life has its own bitter and dark romance. This amazingly gifted young artist, born in 1890, was nurtured in the spirit of Austria’s Secession movement—a rejection of the Beaux Arts classic style and the stuffy mediocrity of the salons. He was inspired by Klimt’s decorative eroticism and, in the first decade of the 20th century, turned it into a form of daring, expressionistic figuration—supercharging it in the process. The work Schiele produced in the last ten years of his life was as powerful and individual as late Van Gogh: it was as if Arthur Rimbaud had turned painter.
The outrage and bourgeois horror provoked by the overt carnality of his skinny, distorted male and female nudes was predictable; prosecution for perversion of minors less so. In 1912 Schiele, then living in a small provincial town, made the mistake of inviting pubescent girls to his studio and using them as his nude models. He was eventually acquitted of child abuse but found guilty of having erotic images around children and imprisoned for 24 days. The experience had a profound and disturbing effect on him.
Despite this scandal, by the end of the first world war his reputation was growing and he was just beginning to be spoken of as the natural heir to Gustav Klimt when the 1918 flu pandemic claimed in October, first, the life of his heavily pregnant wife, Edith, and then, three days later, the artist’s own. Egon Schiele was dead and forgotten at 28, but with an astonishing body of work behind him, waiting for Rudolf Leopold to discover it and present it to the world."
(William Boyd, Intelligent life, junho 2009)
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Dificuldade sem perceber
Pela terceira vez mudei o título do livro, pela quarta vez o primeiro capítulo .
Não é uma reclamação. Espero mesmo que esteja melhor.
Por enquanto ficou assim:
- - -
Um caderno sobre a mesa
Meus pais estiveram separados entre meus onze e treze anos. Diego, meu irmão, foi morar com nosso pai, eu fiquei no apartamento com a mãe.
Tive períodos sofridos depois de adulta. Mas na infância, por algum motivo, atravessei a dificuldade sem perceber. Não parecia triste. Se me perguntavam na escola, eu repetia que estava tudo bem.
Era inteligente e tinha boa memória. Decorava números, fazia provas, resolvia equações. Passei no vestibular sem o susto e o medo dos outros alunos. Nunca tive problemas para conseguir emprego, depois de formada já recebia um bom salário.
Casei aos vinte e sete anos com André, um colega que eu amava e admirava. Mudamos para uma casa grande num bairro caro, oferecida pelos pais dele. A família rica não me tratava mal, admiravam minha inteligência e delicadeza. Seis meses depois minha energia começou a diminuir. Sentia impulsos de pavor ao imaginar que André pudesse morrer de repente. Se ele decidia ir ao escritório de bicicleta, se pegaria um avião para o Rio de Janeiro, a possibilidade de um acidente me causava tanto medo que, para suportá-lo, passei a imaginar minha vida depois que ele morresse. Caso eu perdesse o emprego, meus pais estivessem enterrados e eu me encontrasse velha, sem aposentadoria, sem casa própria, morando na rua. Tentava me convencer de que não seria ruim.
Um dia acordei às três da manhã e não consegui voltar a dormir. Era terça-feira. Não fiz nada porque era aniversário de André e seria cruel demais.
- - -
Continua com um conto que escrevi em 2007.
Não é uma reclamação. Espero mesmo que esteja melhor.
Por enquanto ficou assim:
- - -
Um caderno sobre a mesa
Meus pais estiveram separados entre meus onze e treze anos. Diego, meu irmão, foi morar com nosso pai, eu fiquei no apartamento com a mãe.
Tive períodos sofridos depois de adulta. Mas na infância, por algum motivo, atravessei a dificuldade sem perceber. Não parecia triste. Se me perguntavam na escola, eu repetia que estava tudo bem.
Era inteligente e tinha boa memória. Decorava números, fazia provas, resolvia equações. Passei no vestibular sem o susto e o medo dos outros alunos. Nunca tive problemas para conseguir emprego, depois de formada já recebia um bom salário.
Casei aos vinte e sete anos com André, um colega que eu amava e admirava. Mudamos para uma casa grande num bairro caro, oferecida pelos pais dele. A família rica não me tratava mal, admiravam minha inteligência e delicadeza. Seis meses depois minha energia começou a diminuir. Sentia impulsos de pavor ao imaginar que André pudesse morrer de repente. Se ele decidia ir ao escritório de bicicleta, se pegaria um avião para o Rio de Janeiro, a possibilidade de um acidente me causava tanto medo que, para suportá-lo, passei a imaginar minha vida depois que ele morresse. Caso eu perdesse o emprego, meus pais estivessem enterrados e eu me encontrasse velha, sem aposentadoria, sem casa própria, morando na rua. Tentava me convencer de que não seria ruim.
Um dia acordei às três da manhã e não consegui voltar a dormir. Era terça-feira. Não fiz nada porque era aniversário de André e seria cruel demais.
- - -
Continua com um conto que escrevi em 2007.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Beijando uma das enfermeiras
Estou feliz porque sobrevivi aos três meses dedicados exclusivamente ao trabalho assalariado, e voltei à revisão final do meu livro. Também terminei o conto prometido ao Rosel.
Não consegui caprichar como pretendia. O ritmo está apressado demais, e as personagens são algo repetitivas em relação ao "Calcinha no varal". De todo modo, estou feliz por terminar. Segue o início:
- - -
Lésbicas falando de suas mães
Dormi a tarde inteira e sonhei que estava beijando uma das enfermeiras debaixo do chuveiro, me senti culpada e pedi pra ela sair, depois estava na cozinha e me masturbava. Tive um orgasmo dormindo, levantei, me vesti, saí de casa mas não encontrei ninguém conhecido. Estava sozinha desde que as meninas saíram na sexta de manhã, a Rafa não ligava, eu não podia aguentar tanto silêncio mas não queria bancar a desesperada. Fui até o orelhão e tentei desistir. Meu celular estava sem crédito, no cartão apenas três unidades, minha única chance era ligar para o fixo e esperar que estivesse em casa.
Ela atendeu. Pedi que me ligasse de volta porque os créditos iam acabar.
Fiquei ao lado do orelhão esperando a chamada. Quando finalmente tocou, respondi "oi" e não consegui mais falar.
- O que foi? - ela perguntou.
- Por que você não me ligou?
- Fui jantar com a minha mãe. Eu te disse.
- O jantar foi ontem.
- Eu acabei de acordar.
- Pois eu passei a noite sem dormir.
Fiquei quieta novamente. Ela mudou de tom:
- Quer ir em algum lugar tomar alguma coisa?
- Pode ser.
Marcamos na pizzaria do sacolão. Fui até o caixa eletrônico mas só tinha oito reais e cinquenta centavos na minha conta. Fiquei esperando algum milagre e finalmente apareceu um cara bem vestido, camisa e cinto. Perguntei cordialmente se ele poderia transferir um real e cinquenta pra minha conta. O homem não se assustou, mas também não entendeu, por isso expliquei a lengalenga aritmética sobre meu saldo e as regras do maldito caixa eletrônico que solta nota de dez.
Mostrei meu cartão a ele:
- Não é assalto não. É verdade.
O cara riu e fez a transferência. Homens bem vestidos gostam de ajudar jovens desleixadas, eu entendo, mas preferia que minha pobreza não lhe despertasse tanta alegria.
As mesas estavam vazias e sentei no lado de fora. Rafa chegou no carro da mãe dela e ficamos num assuntinho qualquer. Então contei do corretor de investimentos que eu tinha encontrado na noite anterior.
- Corretor? Como assim?
- Ele administra investimentos de uns milionários. Chegou com um pessoal lá no bar. Me convidaram pra ir numa festa.
- Quando?
- Ontem mesmo.
- E você foi?
- Fui.
Ela ficou quieta e depois me olhou irritada:
- Como assim, você foi?
- Eu fui. Você estava jantando com a sua mãe e eu não tinha nada pra fazer.
Ela pegou uns palitos de dente e começou a quebrar. Parecia muito brava.
- Por que você me conta essas coisas?
- Achei que você preferia saber.
- Merda.
Eu estava toda carente na verdade, e com fome também. Mas não podia pedir nada enquanto ela estivesse magoada daquele jeito.
- Rafa, desculpa. Eu bebi demais. Eu não queria ir... me desculpa, eu sou uma besta.
Ela foi se acalmando e segurei sua mão. Ficamos assim algum tempo e então ela perguntou se eu queria comer alguma coisa. Eu bem queria, mas meus dez reais eram uma triste piada. Rafa ficou boazinha e pediu um pedaço de pizza pra mim.
Não consegui caprichar como pretendia. O ritmo está apressado demais, e as personagens são algo repetitivas em relação ao "Calcinha no varal". De todo modo, estou feliz por terminar. Segue o início:
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Lésbicas falando de suas mães
Dormi a tarde inteira e sonhei que estava beijando uma das enfermeiras debaixo do chuveiro, me senti culpada e pedi pra ela sair, depois estava na cozinha e me masturbava. Tive um orgasmo dormindo, levantei, me vesti, saí de casa mas não encontrei ninguém conhecido. Estava sozinha desde que as meninas saíram na sexta de manhã, a Rafa não ligava, eu não podia aguentar tanto silêncio mas não queria bancar a desesperada. Fui até o orelhão e tentei desistir. Meu celular estava sem crédito, no cartão apenas três unidades, minha única chance era ligar para o fixo e esperar que estivesse em casa.
Ela atendeu. Pedi que me ligasse de volta porque os créditos iam acabar.
Fiquei ao lado do orelhão esperando a chamada. Quando finalmente tocou, respondi "oi" e não consegui mais falar.
- O que foi? - ela perguntou.
- Por que você não me ligou?
- Fui jantar com a minha mãe. Eu te disse.
- O jantar foi ontem.
- Eu acabei de acordar.
- Pois eu passei a noite sem dormir.
Fiquei quieta novamente. Ela mudou de tom:
- Quer ir em algum lugar tomar alguma coisa?
- Pode ser.
Marcamos na pizzaria do sacolão. Fui até o caixa eletrônico mas só tinha oito reais e cinquenta centavos na minha conta. Fiquei esperando algum milagre e finalmente apareceu um cara bem vestido, camisa e cinto. Perguntei cordialmente se ele poderia transferir um real e cinquenta pra minha conta. O homem não se assustou, mas também não entendeu, por isso expliquei a lengalenga aritmética sobre meu saldo e as regras do maldito caixa eletrônico que solta nota de dez.
Mostrei meu cartão a ele:
- Não é assalto não. É verdade.
O cara riu e fez a transferência. Homens bem vestidos gostam de ajudar jovens desleixadas, eu entendo, mas preferia que minha pobreza não lhe despertasse tanta alegria.
As mesas estavam vazias e sentei no lado de fora. Rafa chegou no carro da mãe dela e ficamos num assuntinho qualquer. Então contei do corretor de investimentos que eu tinha encontrado na noite anterior.
- Corretor? Como assim?
- Ele administra investimentos de uns milionários. Chegou com um pessoal lá no bar. Me convidaram pra ir numa festa.
- Quando?
- Ontem mesmo.
- E você foi?
- Fui.
Ela ficou quieta e depois me olhou irritada:
- Como assim, você foi?
- Eu fui. Você estava jantando com a sua mãe e eu não tinha nada pra fazer.
Ela pegou uns palitos de dente e começou a quebrar. Parecia muito brava.
- Por que você me conta essas coisas?
- Achei que você preferia saber.
- Merda.
Eu estava toda carente na verdade, e com fome também. Mas não podia pedir nada enquanto ela estivesse magoada daquele jeito.
- Rafa, desculpa. Eu bebi demais. Eu não queria ir... me desculpa, eu sou uma besta.
Ela foi se acalmando e segurei sua mão. Ficamos assim algum tempo e então ela perguntou se eu queria comer alguma coisa. Eu bem queria, mas meus dez reais eram uma triste piada. Rafa ficou boazinha e pediu um pedaço de pizza pra mim.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Meu namoro com Hopey, 1
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Lipton tea
Um trabalho na faculdade me fez lembrar do artigo sobre as Van Dykes, de Ariel Levy, recomendado pelo Paulo há algum tempo.
Quando o li na New Yorker digital, não procurei fotos das mulheres retratadas (contrariamente ao meu hábito).
Hoje, relembrando, resolvi procurar alguma, e encontrei esta no site Dykerama:
- - -
Bonita.
Quando o li na New Yorker digital, não procurei fotos das mulheres retratadas (contrariamente ao meu hábito).
Hoje, relembrando, resolvi procurar alguma, e encontrei esta no site Dykerama:
- - -
Bonita.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Cyro dos Anjos
Comprei meu primeiro livro de Cyro dos Anjos. Ansiedade e algum medo da decepção, então comecei pelo posfácio. Que inicia em certa divagação acadêmica que normalmente eu odiaria. Mas o discursinho moderno chegou a um certo grau de verdade, mesmo numa onda bartheana ou wisnikiana ou amamos-a-critica-genetica ou sei lá.
Vejo na plataforma Lattes que o autor é professor na UFMG. Será que Paulo o conhece?
- - -
Grupo de Pesquisa
A MODERNIDADE MELANCÓLICA DE CYRO DOS ANJOS
Líder(es) do grupo: Reinaldo Martiniano Marques
A atividade de pesquisa desenvolvida pelo grupo situa-se na perspectiva de uma crítica biográfica, envolvendo o trabalho com fontes primárias e arquivos dos escritores. As pesquisas desenvolvidas pelo grupo pretendem oferecer novas análises da prosa de Cyro dos Anjos a partir dos conceitos de modernidade, modernização, nação, melancolia, articulando-a ao seu contexto histórico e cultural. E também discutir a representação do intelectual e do escritor na obra de Cyro dos Anjos, especialmente em "O amanuense Belmiro" e "Abdias" a partir da figura do "heroísmo racionalizado", tomada a Robert Musil, e de sua aproximação com as obras de outros modernistas mineiros, como Drummond e Abgar Renault. Observação: Este gupo está vinculado ao Projeto Acervo de Escritores Mineiros, coordenado pelo Prof. Wander Melo Miranda, desenvolvido pelo Centro de Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG.
- - -
Mais tarde transcrevo o trecho que me interessou no posfácio .
Vejo na plataforma Lattes que o autor é professor na UFMG. Será que Paulo o conhece?
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Grupo de Pesquisa
A MODERNIDADE MELANCÓLICA DE CYRO DOS ANJOS
Líder(es) do grupo: Reinaldo Martiniano Marques
A atividade de pesquisa desenvolvida pelo grupo situa-se na perspectiva de uma crítica biográfica, envolvendo o trabalho com fontes primárias e arquivos dos escritores. As pesquisas desenvolvidas pelo grupo pretendem oferecer novas análises da prosa de Cyro dos Anjos a partir dos conceitos de modernidade, modernização, nação, melancolia, articulando-a ao seu contexto histórico e cultural. E também discutir a representação do intelectual e do escritor na obra de Cyro dos Anjos, especialmente em "O amanuense Belmiro" e "Abdias" a partir da figura do "heroísmo racionalizado", tomada a Robert Musil, e de sua aproximação com as obras de outros modernistas mineiros, como Drummond e Abgar Renault. Observação: Este gupo está vinculado ao Projeto Acervo de Escritores Mineiros, coordenado pelo Prof. Wander Melo Miranda, desenvolvido pelo Centro de Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG.
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Mais tarde transcrevo o trecho que me interessou no posfácio .
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Auge da loucura, 2
A ORIGEM DO NOME DO AUGE DA LOUCURA
Foi um jornalista que uma vez, talvez querendo me insultar, me falou isso ao ver umas publicações que eu havia feito antes desta série de folhetos.
- Isso que o Sr. está fazendo é O AUGE DA LOUCURA!
Não sei qual foi o fundamento que motivou esta pessoa a falar assim, porém uns 15 dias depois, quando eu estava deitado, de madrugada na cama refletindo, me ocorreu num lance súbito de inspiração que eu podia usar a expressão do jornalista como título para a nova série de folhetos que eu estava querendo começar.
Foi assim que aconteceu este nome que está dando tão certo.
(Authares auf der Strasse, O auge da loucura, folheto n. 124)
Foi um jornalista que uma vez, talvez querendo me insultar, me falou isso ao ver umas publicações que eu havia feito antes desta série de folhetos.
- Isso que o Sr. está fazendo é O AUGE DA LOUCURA!
Não sei qual foi o fundamento que motivou esta pessoa a falar assim, porém uns 15 dias depois, quando eu estava deitado, de madrugada na cama refletindo, me ocorreu num lance súbito de inspiração que eu podia usar a expressão do jornalista como título para a nova série de folhetos que eu estava querendo começar.
Foi assim que aconteceu este nome que está dando tão certo.
(Authares auf der Strasse, O auge da loucura, folheto n. 124)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Auge da loucura, 1
Já contei aqui sobre os incríveis folhetos de Authares auf der Strasse, que encontrei anos atrás numa locadora. Resolvi então digitar alguns textos.
Começava o folheto n. 1:
- - -
O AUGE DA LOUCURA
AUTHARES AUF DER STRASSE
UM ALEGRE DESORDEM
Este folheto publica assuntos diversos como historinhas, idéias, viagens, projetos, conhecimentos gerais e outros.
Tudo isso reunido numa alegre desordem apenas para entreter você.
O VELHO DEMOLIU A CASA
Em Porto Alegre, um cidadão idoso, aposentado, não podendo pagar o IPTU da casa que construiu com sacrifício durante anos, pegou a picareta e demoliu 2/3 da mesma, para poder enquadrar a parte que sobrou num IPTU menor e, portanto, compatível com a pequeníssima aposentadoria que recebe.
O CHARRETEIRO
Em Caçapava, existia um charreteiro que me perguntou uma vêz, se era verdade mesmo que o metrô corria por baixo da terra.
A MELANCIA QUADRADA
A televisão mostrou um tipo de melancia diferente que existe na China
É uma melancia quadra como um pequeno caixote.
- - -
Abaixo, na primeira página, há um pequeno anúncio da loja "4 Pneus - Off-road".
Começava o folheto n. 1:
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O AUGE DA LOUCURA
AUTHARES AUF DER STRASSE
UM ALEGRE DESORDEM
Este folheto publica assuntos diversos como historinhas, idéias, viagens, projetos, conhecimentos gerais e outros.
Tudo isso reunido numa alegre desordem apenas para entreter você.
O VELHO DEMOLIU A CASA
Em Porto Alegre, um cidadão idoso, aposentado, não podendo pagar o IPTU da casa que construiu com sacrifício durante anos, pegou a picareta e demoliu 2/3 da mesma, para poder enquadrar a parte que sobrou num IPTU menor e, portanto, compatível com a pequeníssima aposentadoria que recebe.
O CHARRETEIRO
Em Caçapava, existia um charreteiro que me perguntou uma vêz, se era verdade mesmo que o metrô corria por baixo da terra.
A MELANCIA QUADRADA
A televisão mostrou um tipo de melancia diferente que existe na China
É uma melancia quadra como um pequeno caixote.
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Abaixo, na primeira página, há um pequeno anúncio da loja "4 Pneus - Off-road".
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