Continuando a matéria de Amir Labaki (FSP, 19/11/1999):
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"De forma dispersa, Billy Wilder distribui pelo livro alguns de seus segredos de roteirista premiadíssimo. Uma das raras sacadas editoriais de Cameron Crowe é reuni-las na miscelânea de declarações do posfácio. Eis, assim, os 11 mandamentos de Wilder.
1. O público é instável.
2. Agarre-o pela garganta e não o deixe fugir.
3. Crie uma clara linha de ação para o personagem principal.
4. Saiba aonde você está indo.
5. Quanto mais sutil e elegante for a forma pela qual você camufla seus pontos de desenvolvimento da trama, melhor escritor você será.
6. Se você tem um problema com o terceiro ato, o problema verdadeiro está no primeiro ato.
7. Uma dica de Lubitsch: deixe o público somar dois mais dois. Vai amá-lo para sempre.
8. Em narrações em "off", tenha cuidado para não descrever o que o público já está vendo. Acrescente ao que ele está vendo.
9. O evento que acontece no fim do segundo ato desencadeia o fim do filme.
10. O terceiro ato deve ser construído, construído, construído em ritmo e ação até o último evento, e então...
11. ...É isso. Não vagabundeie."
Um comentário:
Muito interessante... Para mim um dos grandes buracos da pesquisa acadêmica é justamente a avaliação do ofício de artista popular dentro da indústria cultural de massa. Como eu digo a meus alunos, ser bom é sempre um desafio, mas ser bom e ser popular é quase um milagre, coisa para poucos.
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