Ontem fui assistir à Orquestra Sinfônica de SP. Tenho dificuldade de me concentrar em música erudita. Faço o esforço, mas meu pensamento se distrai facilmente.
Estive pensando no meu livro adormecido, imaginando como retomá-lo.
Há algum tempo imagino fazer um livro-documentário, uma narrativa baseada em depoimentos de pessoas reais. Gostaria de trabalhar com a expressão verbal dos outros (vocabulário, sintaxe, pensamento). Também com a intimidade alheia. Seria possível, numa entrevista, captar expressões menos racionalizadas, relatos poucas vezes falados?
O projeto ficava sempre vago.
Ontem, depois depois de uma reunião com meu ex-professor, pensei em unir esse método ao meu projeto estacionado, de nome provisório "Materialismo dialético das lésbicas".
Até o próximo ano será difícil para mim escrever, por causa do doutorado. Mas fiquei entusiasmada de gravar depoimentos, que depois seriam usados pra compor o livro: reunir vozes, a serem reorganizadas à minha maneira.
Pensei em iniciar o livro com uma frase, introduzindo o início já escrito:
"Ela um dia começou a escrever sobre si mesma."
4 comentários:
que legal!
Gostei. (comentário nada original.rs)
Começa com as entrevistas logo!
Sá, é sério esse papo das entrevistas? Vc tem o gravador? Quer ajuda?
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