Além do que segue abaixo, o livro era inspirado em "Infância", de Nathalie Sarraute. As primeiras (melhor em inglês, "the very first") linhas que escrevi eram assim:
- - -
"- Desculpe... eu achei que pudesse... achei que era possível...
- Você veria problema em simplesmente imitá-la? Simplesmente fazer como ela fez?
- E não tentar outra coisa? Quer dizer, simplesmente.
- Você sabe, você não tem conseguido.
- Isso tem me feito mal.
- Você parou de acreditar.
- Minha garganta está doendo hoje. Na semana passada, algo estragado me fez vomitar. Não tenho feito exercícios. Minha garganta dói.
- Você está se enganando. Tem mais tempo do que diz.
- Ontem vi minha amiga na rua. Ela estava com os cabelos molhados e conversava com um rapaz de bicicleta. Um rapaz parado, apoiado na bicicleta. Se ela me olhasse, por um instante pensei, poderia cumprimentá-la.
- Você a magoou muito.
- Era ela ou eu.
- Vi suas anotações. Você se engana com elas. Finge que trabalha, elas não são nada.
- Eu quase esqueci.
- Eu... se pudesse... cuidar da casa... limpar os vidros... tirar o pó do chão... dobrar as roupas...
- Fazer exercício... cuidar do meu corpo... me sentir saudável...
- Você está tossindo.
- Minha saúde piora.
- Por favor, pare com isso. Apenas comece a contar.
- Vou usar o mesmo título.
- Está bem. Apenas comece.
(segue) ..."
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