quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Ainda outra vez por Peter Handke

Estou estupefata com a facilidade com que encontrei, paguei e recebi em casa - pelo site "Estante virtual" - um livro que era quase um mito pra mim, a tradução editada pela Brasiliense em 1988 de "Wunschloses Ungluck", do Peter Handke.

Estou sem tempo para comentar mais, apenas segue um trecho:

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"Além disso parto de mim mesmo e da minha própria bagagem, liberto-me cada vez mais disso tudo, à medida que avança o processo da escrita, e, por fim, concedo acesso a mim mesmo e à minha bagagem, enquanto produto de trabalho e mercadoria em oferta - dessa feita, porém, sendo apenas o que descreve e não podendo também assumir o papel do que é descrito, não logro com a tomada de distância resultado nenhum."

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E a primeira frase de "O medo do goleiro diante do pênalti", do mesmo tradutor, Zé Pedro Antunes, na mesma edição:

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"Ao montador Joseph Bloch, que antes havia sido um goleiro famoso, foi ao apresentar-se para o trabalho pela manhã, comunicado que estava despedido."

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