"Voltaire recusa a dependência do vínculo de clientela com relação a patronos privados, particulares, aristocráticos, mas não o faz absolutamente em nome da defesa do direito de autor; o faz, de um lado, apoiado na segurança que lhe proporciona sua fortuna e, de outro, alegando que, para aqueles que não são ricos e que não querem a humilhação das dependências particulares, o sistema do mecenato do Estado, tal como Luís XIV o havia construído, continuaria sendo o recurso legítimo.
Com autores como Rousseau, uma nova aspiração se coloca, a de tentar viver de sua própria pena. Assim, Jean-Jacques vende, várias vezes, La Nouvelle Heloise, uma vez sob pretexto de que se tratava de uma adaptação para a censura francesa, uma outra porque lhe adicionou um prefácio... Para ele, era a única maneira de poder rentabilizar um pouco a escrita."
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"A aventura do livro", Roger Chartier. Editora Unesp, Imprensa Oficial, p. 65.
"Portrait dans un bureau (New Orleans)", 1873, Edgar Degas.
2 comentários:
Afinal ele tb precisava ganhar o dele né. rs
Legal seu blog. Vou vir mais vezes.
Estive para comprar esse livro, faz pouco tempo.
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