Estou no Rio para minha pesquisa de doutorado, lendo os capítulos da novela "O grito", de Jorge Andrade, exibida na TV Globo entre 1975 e 1976.
Os roteiros foram fotografados em microfilme e depois digitalizados. Algumas páginas são difíceis de ler porque, nesse processo de copiagem e scanner, foram se apagando as letras mais fracas. As páginas originais eram datilografadas em duas folhas, com um carbono no meio? O escritor entregava o original para a TV ou batia duas cópias? Ele teria tempo de fazer isso, ou ficava com o carbono?
No centro de documentação, não há uma sala especial para pesquisadores. Fico no computador de uma funcionária que está de férias. A sala é ocupada por roteiristas de algum programa jornalístico. Todas falam das Olimpíadas.
Aparentemente ninguém trabalha ou o trabalho permite conversas soltas. Uma moça com jeito de estagiária queria descobrir se havia clínicas de medicina ayurvédica (?) na Índia, para a próxima novela. Uma novela que, segundo a outra, será patrocinada por algum produtor indiano.
Todas liam sites de notícias, conversando e assistindo TV enquanto eu lia os capítulos. A princípio estavam me atrapalhando, mas, como sou sonolenta, talvez fosse o contrário. Me ajudavam a não dormir.
2 comentários:
era mais ou menos sobre uma garotinha doente que passava as noites gritando? me chamava a atenção uma sinopse tão barra-pesada pra uma novela, quando pasaava algumas cenas em algum video show perdido.
Sim, é um menino com deficiência mental, filho de uma ex-freira, que passa a noite gritando e incomodando os moradores de um edifício na frente do Minhocão. Dizem que era totalmente depressiva...
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