Me converti ao judaísmo quando casei e escolhi o nome de Haia, o nome da Clarice Lispector quando chegou ao Brasil, conforme os cadernos da literatura brasileira do IMS.
Tentei estudar hebraico por um tempo, mas é quase impossível para mim pronunciar todas as variações de "r" aspirado que se usa hoje em Israel.
Encontrei uma israelense numa palestra da Livraria da Vila. Falei do meu nome a ela e da homenagem à Clarice, que era sua escritora brasileira preferida.
Mas ela não entendeu. Tive que repetir várias vezes, e a cada pronúncia aproximada ela entendia uma palavra diferente, com sentidos quase opostos.
Finalmente ela entendeu. Era o mais simples, que não sei transcrever. A forma feminina da palavra que todos bordam nos kipot distribuídos nos casamentos.
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