segunda-feira, 7 de abril de 2008

Realidade finita e permanente

Cansada.

Um trecho de Mário de Andrade, uma crônica sobre Machado de Assis publicada no livro "Vida Literária" (um dos melhores que já li).

"E minha nitidez, por isso, é desacomodada e se arrepende de ser tão nítida. Bem desejaria não apenas duvidar de mim, sempre duvido, mas ter a certeza de que essa nitidez é interessada, fruto do tempo e das minha exigências pessoas. Porém não chego a ter certeza disto, antes sinto e quero em mim uma opinião perfeitamente filosófica, que contemple Machado de Assis na sua realidade finita e permanente."

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Minha admiração humildemente grata por Mário de Andrade.

De certo modo, o único modelo verdadeiro que tenho na literatura brasileira.

Tentei escrever um pouco sobre ele no meu site antigo... algo chamado "Encontro com Nêmesis" e "Excluído o otimismo".

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Hoje coloquei a hora verdadeira.

Um comentário:

Anônimo disse...

O superpoder que eu sempre quis era o de nunca estar cansada. Assim eu teria o tempo eterno de aprender sobre tudo. Tb queria ter conhecido pessoalmente Dostoiévski, Machado de Assis e os modernistas todos.
Bjo