Durante muito tempo Peter Handke foi meu escritor preferido. Ele escreveu algumas alegorias e contos de fada, de que não gosto. Mas seus ensaios e novelas sempre me fascinaram. Principalmente a que escreveu depois do suicídio de sua mãe.
Em 1997, diante da extrema dificuldade de encontrar um método para escrever, tive a idéia de contar as linhas de cada parágrafo do livro "Breve carta para um longo adeus", e tentar escrever seguindo a mesma ordem, o mesmo número de linhas exatamente.
Não consegui, mas é um indício de como ele era importante para mim.
Em 2004 estive em Paris e liguei para sua assessoria de imprensa, perguntando se seria possível encontrá-lo. A mulher que atendeu ao telefone parecia absolutamente surpresa, como se minha pergunta fosse ingênua e pretensiosa ao mesmo tempo - enfim, como eu não sabia? - o pedido era absurdo. Mandei um e-mail insistindo, em inglês, e ela nunca me respondeu.
Não sei se ele ainda vive recluso numa casa nos arredores de Paris, como vivia naquela época.
Em 1997, colei uma foto em meu armário. Mesmo reconhecendo como ele era feio.
4 comentários:
Assim, de longe e em preto e branco, ele até faz uma vista. rs.
Sim, escolhi essa foto de propósito. Mas, como o Woody Allen, ele foi ficando menos feio com a idade. Bjs!
ô sá. o cara tem que escrever bem, pelo menos. porque com essa decoração, esse quadro de anjinho ainda por cima segurando o chulé!!!
Hehe... mas escritor não tem chulé.
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