Ainda por causa do doutorado, estou lendo "Machado de Assis", de Lúcia Miguel Pereira. É um livro de 1936 e muito famoso para quem estuda literatura brasileira. Mas acho que não o leria nunca se não fosse o curso.
Adoro certas expressões que se usavam antigamente. A palavra "feitio", por exemplo. Uma frase do prefácio:
"Tarefa em regra penosa, não raro degenerando em lição de humildade, a de rever textos antigos. Não digo que ma poupasse este..."
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Uma vez vi um folheto anunciando algumas palestras místicas, e um dos temas era "saudades de lugares que não se conheceu". Eu tenho saudades dessas palavras que nunca usei. Principalmente essa contração do pronome com o artigo, que só uma vez tive coragem de escrever.
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Nesse livro há uma das frases mais lindas já escritas sobre Machado de Assis:
"Não suspeitava Dona Maria José de Mendonça Barroso, viúva de Bento Barroso Pereira, senador, oficial general do exército, ministro duas vezes, de D. Pedro I e da Regência trina, que seu nome só passaria à posteridade por haver, em 13 de novembro de 1839, consentido em ser madrinha de uma criança nascida a 21 de junho desse mesmo ano, numa casinha vizinha da sua chácara."
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