Flávia tem uma amor forte e frustrado na adolescência. Evandro é um escritor que ela admira, que demonstrou simpatia e amizade, mas é gay.
Aos dezenove anos ela conhece Martim, sensível e gentil. São meio namorados meio amigos, a situação não está muito clara, foram amigos por muitos anos e às vezes transam, mas não fizeram nenhum pacto de exclusividade.
Martim tem um amigo de colégio, Cassiano, que foi elegantemente expulso de casa, com uma mesada de 1.000 reais. Cassiano quer morar em uma pequena casa da família no litoral, praticamente abandonada.
Há uma greve na universidade pública. Flávia e Martim acompanham Cassiano até a casa para ajudá-lo em consertos e pintura, para deixar o lugar habitável.
Flávia está morando com o tio Heitor.
Heitor é documentarista e trabalha num canal de esportes na TV a cabo. Tem trinta e seis anos, é sério e trabalhador, parece mais velho do que é.
Heitor namora Suzana há quatro anos. Ela é fisioterapeuta, muito séria e um pouco nervosa. Quer acertar tudo e exige muito de si mesma. Heitor gosta dela mas tem dúvidas, talvez não esteja verdadeiramente apaixonado e tem medo de ser injusto com ela.
A mãe e o pai de Flávia estão no exterior, em países diferentes. Foram namorados na adolescência e o nascimento da filha não foi planejado. O pai, Rafael, foi para a Alemanha e vive de bicos: dá aula de capoeira, português para estrangeiros e outros pequenos serviços eventuais.
A mãe, Magali, tem 34 anos, casou recentemente com um finlandês e foi morar na Bélgica.
Flávia morou até os dezessete anos com a mãe, na casa da avó. A mãe comportava-se como irmã, a avó é insegura e infantil, não suporta bem o falecimento do marido há alguns anos.
Heitor é irmão de Magali e mantém certa distância da mãe, ressentido de sua carência e imaturidade.
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