A esperança ingênua na palavra "harmonizar".
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"O grande surto de progresso do teatro e do cinema, ligado ao desenvolvimento urbano de São Paulo, abria efetivamente para o escritor nacional novas oportunidades de realizações. Enquanto o romancista necessitava, para se manter, apoiar-se em outra atividade remunerada, dedicando à literatura apenas os seus momentos de lazer - portanto, jamais empenhando na criação a totalidade do seu esforço -, o autor de peças de teatro ou de roteiros de filmes podia fazer da fantasia a sua profissão: ao mesmo tempo em que realizações artísticas eram empreendimentos com possibilidade imediata de lucro, representando a primeira oportunidade de harmonizar o mundo da imaginação com o imperativo profissional."
("Teatro ao sul", Gilda de Mello e Souza, em "Exercícios de Leitura", Duas Cidades, 1980, p. 111)
Um comentário:
Nessa conversa de harmonizar cá estou eu efetivamente soterrado pelo mundo acadêmico até as orelhas e escrevendo no tempo livre que eu não tenho...
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