A moça
que não conheço. Apenas vi indireta e distante.
Foto na sala, poltrona. Coxas e ombros e silêncio (muito).
Romantismo vago, nuvem a lápis, vapor sentimental
enquanto acordo,
almoço, sigo.
Eu ainda sonho
que um dia ele encoste ao meu lado
no corredor escuro da festa
e diga que tem sempre
pensado em mim e naquela noite
em que bêbada peguei sua mão
no sofá e subimos
ao terraço
onde não lembro o que aconteceu.Água podre do lugar onde nasceu.
Seu calor dominante, o direito de ficar.
Cheiro forte, corrente,
sangue a mudar.
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(alguns estavam em meu site antigo; cortei palavras)
2 comentários:
São bonitos, Sabina. Vc tem mais poemas?
ah, quase nada.
estes são antigos, estava apenas lembrando.
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