sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Poemas de amor

Algumas vezes escrevi poemas de amor. Sem entregar, apenas para anotar e não esquecer.


A moça
que não conheço. Apenas vi indireta e distante.
Foto na sala, poltrona. Coxas e ombros e silêncio (muito).
Romantismo vago, nuvem a lápis, vapor sentimental
enquanto acordo,
almoço, sigo.

Eu ainda sonho 
que um dia ele encoste ao meu lado
no corredor escuro da festa
e diga que tem sempre
pensado em mim e naquela noite 
em que bêbada peguei sua mão 
no sofá e subimos 
ao terraço
onde não lembro o que aconteceu.

Ela vive em outro tempo 
Água podre do lugar onde nasceu.  
Seu calor dominante, o direito de ficar.  
Cheiro forte, corrente,
sangue a mudar. 


- - -

(alguns estavam em meu site antigo; cortei palavras)

2 comentários:

Paulodaluzmoreira disse...

São bonitos, Sabina. Vc tem mais poemas?

sabina disse...

ah, quase nada.
estes são antigos, estava apenas lembrando.