Programa do canal Multishow. Não sei se o formato é original, e não gosto muito do título. E, como todo programa de humor, há piadas sem graça.
Mas a imitação dos cacoetes de telejornal é ótima.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
Ele era funkeiro mas era pai de família
Há meses ouço meu sobrinho cantar essa música.
"Era só mais um Silva, que a estrela não brilha /
Ele era funkeiro, mas era pai de família."
"Era só mais um Silva, que a estrela não brilha /
Ele era funkeiro, mas era pai de família."
quinta-feira, 21 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Jaime Hernandez
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Trabalhar cansa
O filme Trabalhar cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra, foi selecionado para a mostra Un certain regard, no festival de Cannes.
Marco, Juliana, e parte da equipe do filme, estudaram no curso de Cinema da ECA-USP, assim como eu. E o diretor de arte, Fernando Zuccolotto, foi meu aluno em 2005! Um de seus primeiros trabalhos talvez tenha sido assistência de cenografia na minha festa de casamento, decorando com magros recursos a quadra da Vai-vai.
Sobre o filme, ouvi informações soltas. Sei superficialmente (e não garanto exatidão), que os diretores e seus amigos próximos trabalharam com a Companhia do Latão, grupo teatral contemporâneo inspirado pelo pensamento de Brecht.
Os protagonistas de Trabalhar cansa são um casal que, diante da ameaça de desemprego, resolve abrir um mercadinho de bairro. Quando ele começa a funcionar, aparece um cheiro ruim e uma gosma na parede, crescendo inexplicavelmente. Uma mancha animal, horrível e sem explicação.
Sem ver o filme, imagino que ele misture o estranhamento de certo cinema contemporâneo (o horror do cotidiano) e a precariedade do discurso corporativo proativo.
Algo como um roteiro de Sérgio Bianchi, dirigido por David Lynch, e mais um pouco de nossa leve ironia diante impotência.
Marco, Juliana, e parte da equipe do filme, estudaram no curso de Cinema da ECA-USP, assim como eu. E o diretor de arte, Fernando Zuccolotto, foi meu aluno em 2005! Um de seus primeiros trabalhos talvez tenha sido assistência de cenografia na minha festa de casamento, decorando com magros recursos a quadra da Vai-vai.
Sobre o filme, ouvi informações soltas. Sei superficialmente (e não garanto exatidão), que os diretores e seus amigos próximos trabalharam com a Companhia do Latão, grupo teatral contemporâneo inspirado pelo pensamento de Brecht.
Os protagonistas de Trabalhar cansa são um casal que, diante da ameaça de desemprego, resolve abrir um mercadinho de bairro. Quando ele começa a funcionar, aparece um cheiro ruim e uma gosma na parede, crescendo inexplicavelmente. Uma mancha animal, horrível e sem explicação.
Sem ver o filme, imagino que ele misture o estranhamento de certo cinema contemporâneo (o horror do cotidiano) e a precariedade do discurso corporativo proativo.
Algo como um roteiro de Sérgio Bianchi, dirigido por David Lynch, e mais um pouco de nossa leve ironia diante impotência.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Urban Dictionary
Procurando o significado de algumas gírias gays, encontrei esse maravilhoso site: Urban Dictionary.
Atualizado diariamente, destaca a "Word of the day".
Por exemplo, "soberchat":
"Having a conversation while not intoxicated. Generally used to postpone the remainder of a conversation until both parties are sober.
Putting off a conversation until everyone involved is capable of making good decisions.
Hey Maria, let's soberchat later, k? I don't want to profess my love for anyone tonight."
Atualizado diariamente, destaca a "Word of the day".
Por exemplo, "soberchat":
"Having a conversation while not intoxicated. Generally used to postpone the remainder of a conversation until both parties are sober.
Putting off a conversation until everyone involved is capable of making good decisions.
Hey Maria, let's soberchat later, k? I don't want to profess my love for anyone tonight."
Puttin' On The Ritz
Introspectiva e desajeitada, admiro as bijuterias: brilhantes, e falsas.
Have you seen the well to do?
Up and down Park Avenue?
On that famous thoroughfare,
With their noses in the air?
High hats and arrowed collars,
Wide spats and lots of dollars.
Spending every dime,
For a wonderful time!
If you're blue and you don't know,
Where to go to, why don't you go,
Where fashion sits?
Puttin' On The Ritz.
Different types, who wear a day,
Co-pants with stripes, and cut away,
Coat, perfect fits?
Puttin' On The Ritz.
Dressed up like a million dollar trooper,
Trying hard to look like Gary Cooper.
Super-duper!
Come, let's mix where Rockerfellas,
Walk with sticks, or umbrellas,
In their mitts.
Puttin' On The Ritz.
Spangled gowns upon a beauty of hand-me-downs, on clown and cutie,
All misfits.
Puttin' On The Ritz.
Tips his hat just like an English chappie,
To a lady with the wealthy happy.
Very Snappy!
You'll declare it's simply topping,
To be there, and hear them swapping,
Smart titbits.
|: Puttin' On The Ritz. :|
Puttin' On The Ritz!!
Have you seen the well to do?
Up and down Park Avenue?
On that famous thoroughfare,
With their noses in the air?
High hats and arrowed collars,
Wide spats and lots of dollars.
Spending every dime,
For a wonderful time!
If you're blue and you don't know,
Where to go to, why don't you go,
Where fashion sits?
Puttin' On The Ritz.
Different types, who wear a day,
Co-pants with stripes, and cut away,
Coat, perfect fits?
Puttin' On The Ritz.
Dressed up like a million dollar trooper,
Trying hard to look like Gary Cooper.
Super-duper!
Come, let's mix where Rockerfellas,
Walk with sticks, or umbrellas,
In their mitts.
Puttin' On The Ritz.
Spangled gowns upon a beauty of hand-me-downs, on clown and cutie,
All misfits.
Puttin' On The Ritz.
Tips his hat just like an English chappie,
To a lady with the wealthy happy.
Very Snappy!
You'll declare it's simply topping,
To be there, and hear them swapping,
Smart titbits.
|: Puttin' On The Ritz. :|
Puttin' On The Ritz!!
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Meditação
Entrevista publicada no caderno Equilíbrio, da Folha de São Paulo, com o ginecologista Roberto Cardoso, autor de "Medicina e Meditação" (Editora MG). Ele integra um grupo de estudos em meditação da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo):
- - -
"Folha - É possível definir a meditação fora de um contexto religioso ou filosófico?
Roberto Cardoso - Podemos definir critérios para a prática. Foi o que nosso grupo de estudos fez. Criamos uma definição operacional que é hoje adotada em todas as pesquisas médicas.
O que significa uma definição operacional?
É o "como fazer". Você pode dizer o que é um bolo de chocolate sem explicar como fazê-lo. A definição operacional é dizer: "bata tantos ovos, misture a farinha, coloque em uma forma, leve ao forno por 15 minutos".
Qual é a receita para meditar?
É preciso ter uma técnica específica ensinada por um instrutor. Essa técnica é autoaplicada, tem que ter uma "âncora" e produzir o relaxamento da lógica. Esses dois últimos itens são fundamentais para caracterizar uma técnica como meditativa.
E são os mais difíceis de entender. O que é a âncora?
É um foco para o qual você dirige sua atenção: a própria respiração, um som ou palavra que se repete, o movimento de vai e vem do abdome, uma imagem fixa.
Toda a atividade mental é levada para esse ponto mínimo. Mas não é feito um esforço para não sair dele. Ao contrário, a pratica é voltar a esse foco sempre que a mente produzir uma sequência de pensamentos. Esse ir e vir é a meditação.
E o relaxamento da lógica?
É não se envolver no fluxo incessante de pensamentos.
Como conseguir isso?
A atenção simplesmente volta para a âncora, e a pessoa não tenta analisar, julgar ou ter expectativas, nem mesmo sobre os efeitos que a meditação vai trazer.
Mas é difícil se envolver em uma prática sem esperar obter seus efeitos.
A expectativa é um exercício da lógica, que atrapalha. Mas tem gente que não consegue trabalhar sem objetivos. Então, você traça um objetivo "concreto": meditar todo dia por 15 minutos durante dois meses.
E os efeitos vão acontecer?
Com a prática, você ocupa o córtex pré-frontal [área do cérebro ligada ao raciocínio lógico] com a âncora. É preciso um esforço muito grande para fazer isso, o que desregula e "desliga" o córtex.
E é isso que leva a uma série de sensações diferentes, como a de transcender os limites do corpo, já que as áreas responsáveis por processar informações sensoriais e dar orientação espacial diminuem sua atividade.
(Iara Biderman, FSP, 06/04/2011)
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"Folha - É possível definir a meditação fora de um contexto religioso ou filosófico?
Roberto Cardoso - Podemos definir critérios para a prática. Foi o que nosso grupo de estudos fez. Criamos uma definição operacional que é hoje adotada em todas as pesquisas médicas.
O que significa uma definição operacional?
É o "como fazer". Você pode dizer o que é um bolo de chocolate sem explicar como fazê-lo. A definição operacional é dizer: "bata tantos ovos, misture a farinha, coloque em uma forma, leve ao forno por 15 minutos".
Qual é a receita para meditar?
É preciso ter uma técnica específica ensinada por um instrutor. Essa técnica é autoaplicada, tem que ter uma "âncora" e produzir o relaxamento da lógica. Esses dois últimos itens são fundamentais para caracterizar uma técnica como meditativa.
E são os mais difíceis de entender. O que é a âncora?
É um foco para o qual você dirige sua atenção: a própria respiração, um som ou palavra que se repete, o movimento de vai e vem do abdome, uma imagem fixa.
Toda a atividade mental é levada para esse ponto mínimo. Mas não é feito um esforço para não sair dele. Ao contrário, a pratica é voltar a esse foco sempre que a mente produzir uma sequência de pensamentos. Esse ir e vir é a meditação.
E o relaxamento da lógica?
É não se envolver no fluxo incessante de pensamentos.
Como conseguir isso?
A atenção simplesmente volta para a âncora, e a pessoa não tenta analisar, julgar ou ter expectativas, nem mesmo sobre os efeitos que a meditação vai trazer.
Mas é difícil se envolver em uma prática sem esperar obter seus efeitos.
A expectativa é um exercício da lógica, que atrapalha. Mas tem gente que não consegue trabalhar sem objetivos. Então, você traça um objetivo "concreto": meditar todo dia por 15 minutos durante dois meses.
E os efeitos vão acontecer?
Com a prática, você ocupa o córtex pré-frontal [área do cérebro ligada ao raciocínio lógico] com a âncora. É preciso um esforço muito grande para fazer isso, o que desregula e "desliga" o córtex.
E é isso que leva a uma série de sensações diferentes, como a de transcender os limites do corpo, já que as áreas responsáveis por processar informações sensoriais e dar orientação espacial diminuem sua atividade.
(Iara Biderman, FSP, 06/04/2011)
terça-feira, 5 de abril de 2011
Sibele
Acompanhei por jornais e revistas o suicídio de Cibele Dorsa.
Veja e a Folha reclamam da ordem judicial que impediu a menção do nome do cavaleiro Doda. Curiosamente, ambas evocam a censura no período militar.
O período militar é evocado para enobrecer qualquer argumento frágil, numa técnica malandra para desviar nossos esforços de bom senso.
Imagino que qualquer pessoa sensata concordaria que Doda tem razão, ao pedir que não se publique uma carta que o acusa de ter sido "o pior homem", o que "fez mais mal".
Ele não cometeu nenhum crime, até onde se saiba. Seu mal parece ter sido dispensar uma garota bonita, provavelmente vaidosa e insegura, por outra mais feia e rica (muito rica).
Penso nessa modelo de 36 anos, indo a baladas, usando drogas, namorando um rapaz mais novo... sustentada por mesada do ex-marido que casou com uma herdeira milionária e levou os filhos para a Europa.
Nos contos de fada, há histórias da jovem pobre, bonita e sensata, que se prepara com cautela para o dia em que perderá a beleza. Cibele não ouviu essas histórias, ou não acreditou nelas?
Talvez em alguns momentos ela percebesse que sua situação não era ruim: ganhava um bom dinheiro por mês, dinheiro que duraria talvez por toda vida, pois ela nunca deixaria de ser mãe da filha do marido de uma milionária.
Que alguém morresse, que ele se separasse... mesmo assim, agindo com bom senso e sem ofender o lado forte, dificilmente se romperia a corrente de culpas e responsablidades que conduzia a tal mesada.
Mas como ver o que ela era, e esquecer o que ela não era? Não era mais jovem, não era milionária, não era o centro das atenções dos homens, que agora preferiam mulheres mais novas ou mais ricas.
A mulher bonita tem um super-poder aos vinte anos. Depois ela o perde.
Não é fácil perder um super-poder.
Veja e a Folha reclamam da ordem judicial que impediu a menção do nome do cavaleiro Doda. Curiosamente, ambas evocam a censura no período militar.
O período militar é evocado para enobrecer qualquer argumento frágil, numa técnica malandra para desviar nossos esforços de bom senso.
Imagino que qualquer pessoa sensata concordaria que Doda tem razão, ao pedir que não se publique uma carta que o acusa de ter sido "o pior homem", o que "fez mais mal".
Ele não cometeu nenhum crime, até onde se saiba. Seu mal parece ter sido dispensar uma garota bonita, provavelmente vaidosa e insegura, por outra mais feia e rica (muito rica).
Penso nessa modelo de 36 anos, indo a baladas, usando drogas, namorando um rapaz mais novo... sustentada por mesada do ex-marido que casou com uma herdeira milionária e levou os filhos para a Europa.
Nos contos de fada, há histórias da jovem pobre, bonita e sensata, que se prepara com cautela para o dia em que perderá a beleza. Cibele não ouviu essas histórias, ou não acreditou nelas?
Talvez em alguns momentos ela percebesse que sua situação não era ruim: ganhava um bom dinheiro por mês, dinheiro que duraria talvez por toda vida, pois ela nunca deixaria de ser mãe da filha do marido de uma milionária.
Que alguém morresse, que ele se separasse... mesmo assim, agindo com bom senso e sem ofender o lado forte, dificilmente se romperia a corrente de culpas e responsablidades que conduzia a tal mesada.
Mas como ver o que ela era, e esquecer o que ela não era? Não era mais jovem, não era milionária, não era o centro das atenções dos homens, que agora preferiam mulheres mais novas ou mais ricas.
A mulher bonita tem um super-poder aos vinte anos. Depois ela o perde.
Não é fácil perder um super-poder.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Mais livros para doação
Continuo doando livros para liberar algum espaço. Há uma lista no Estante Virtual. Amigos podem desconsiderar o preço... é presente.
A lista está aqui. Há mais coisas, que não digitei porque o preço de venda era baixo. Posso dar mais detalhes a quem quiser.
A lista está aqui. Há mais coisas, que não digitei porque o preço de venda era baixo. Posso dar mais detalhes a quem quiser.
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