Nas últimas semanas tenho dirigido pouco. No metrô e na rua, ouço conversas de gente que fala alto demais.
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Uma mulher, referindo-se à dor nas costas causada pelo trabalho no dia anterior:
- Minha filha passou pomada e fez uma massagem. Foi onde eu melhorei.
OBS: adoro quando substituem "quando" por "onde". "Foi onde eu percebi que ela não ia pagar...", etc.
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Um casal na Vila Mariana, caminhando rápido. Ela fumava, ele seguia no meio da rua.
Ela: - Eu vou voltar pro Jardim Miriam. Lá pelo menos eu tinha alguém pra cuidar dos meus filhos.
(não escuto o que o homem diz)
Ela: - Eu só vivo pra pagar conta. Não gasto nada pra mim.
O homem diz algo como: se quer voltar, volta, problema seu.
Ela: - Se eu vivia com trezentos, posso viver com seiscentos.
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Uma mulher, no vestiário da escola de natação, falando sobre sua cirurgia de correção de miopia.
- Só uma coisa foi ruim. Antes, quando eu deitava de noite, eu tirava os óculos e apagava. E isso eu perdi.
2 comentários:
Essa da miopia foi ótima. rs...
O pior é que no carro vc só ouve português de quinta categoria. Eu detestava o pseudo-formal global da rádio CBN, por exemplo. Português chato, pretensioso, cheio de clichês "inteligentes".
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