Hoje recebi o relatório de vendas da editora FTD, em referência ao livro do Garoto Cósmico.
O livro é diferente do filme. Foi criado pelo Alê e pelo Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado. Eu e os outros roteiristas temos 1% dos direitos autorais, por nossa participação na criação dos personagens, cenários e etc, do filme original.
Mesmo com uma participação tão pequena, recebi R$ 188 referente às vendas desde setembro do ano passado.
É curioso como os livros infantis habitam uma espécie de mundo paralelo, para quem se concentra na literatura adulta. Minha primeira reação foi pensar: "nossa, o livro vendeu 1.000 exemplares em três meses, sem aparecer no jornal?"
Mas talvez tenha aparecido... na revista "Pais & Filhos", na Folhinha, numa imprensa que eu nunca leio dedicada às crianças.
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Às vezes penso numa outra vida que eu poderia ter, sem roteiros, doutorado, etc, somente ficando em casa e escrevendo livros infantis pela manhã, e livros adultos à tarde.
Depois de anos batendo a cabeça pra entender como se escrevem livros, me sinto hoje preparada, como se finalmente houvesse compreendido o grande segredo (que, como tantos outros segredos, não é tão grande assim).
Mas o aprendizado chegou acompanhado de uma série de compromissos, dos quais tento me livrar sem conseguir.
Amarrada a uma história, que foi útil enquanto me ensinava, mas agora talvez simplesmente me prenda.
3 comentários:
Ah, se eu pudesse chutar o balde... estaria agora pensando que nunca deveria ter chutado balde nenhum.
Mas se essas coisas não te ensinam mais nada mesmo e vc tem como viver a vida sem elas, vista seu coturno e chute o balde bem longe! Um doutorado para quem não pretende ser professor universitário é um caso sério de tortura chinesa!
Eu gostei desse nome.
Bem, na verdade o doutorado é o que menos ocupa meu tempo. Universidade é um mundinho proprio... depois que você pega o jeito, dá pra levar sem sofrer muito.
O que mais me incomoda são os trabalhos freelancer que acabo aceitando pelo dinheiro, e no fim gasto o dinheiro, perdi meu tempo, e fico me perguntando se não era melhor simplesmente não ter feito.
Já que não tenho filhos nem nada, a diferença entre gastar mais ou menos é simplemente uma questão de autocontrole.
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