Hoje recebi o relatório de vendas da editora FTD, em referência ao livro do Garoto Cósmico.
O livro é diferente do filme. Foi criado pelo Alê e pelo Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado. Eu e os outros roteiristas temos 1% dos direitos autorais, por nossa participação na criação dos personagens, cenários e etc, do filme original.
Mesmo com uma participação tão pequena, recebi R$ 188 referente às vendas desde setembro do ano passado.
É curioso como os livros infantis habitam uma espécie de mundo paralelo, para quem se concentra na literatura adulta. Minha primeira reação foi pensar: "nossa, o livro vendeu 1.000 exemplares em três meses, sem aparecer no jornal?"
Mas talvez tenha aparecido... na revista "Pais & Filhos", na Folhinha, numa imprensa que eu nunca leio dedicada às crianças.
- - -
Às vezes penso numa outra vida que eu poderia ter, sem roteiros, doutorado, etc, somente ficando em casa e escrevendo livros infantis pela manhã, e livros adultos à tarde.
Depois de anos batendo a cabeça pra entender como se escrevem livros, me sinto hoje preparada, como se finalmente houvesse compreendido o grande segredo (que, como tantos outros segredos, não é tão grande assim).
Mas o aprendizado chegou acompanhado de uma série de compromissos, dos quais tento me livrar sem conseguir.
Amarrada a uma história, que foi útil enquanto me ensinava, mas agora talvez simplesmente me prenda.
terça-feira, 28 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Um gatinho
Semana complicada e pouco tempo.
Um poema:
- - -
Parceria
Aos seis anos taquei
um gatinho
de quatro meses no muro
do quintal o
bichinho estava
agonizando quando meu
avô chegou
e disse ih esse não
tem mais
jeito e na mesma
hora fez
um buraco no chão
e enterrou
o gatinho
ainda vivo
(Fabricio Corsaletti, em Movediço, 2001)
Um poema:
- - -
Parceria
Aos seis anos taquei
um gatinho
de quatro meses no muro
do quintal o
bichinho estava
agonizando quando meu
avô chegou
e disse ih esse não
tem mais
jeito e na mesma
hora fez
um buraco no chão
e enterrou
o gatinho
ainda vivo
(Fabricio Corsaletti, em Movediço, 2001)
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Sábio tonalismo
Há algumas semanas li um ensaio sobre Mira Schendel no Estadão, escrito pelo Rodrigo Naves. No meio do texto, um comentário sobre o morandismo me deixou assombrada. Idéias que já tive, revolvendo há muito tempo, considerando talvez que fossem fraquezas somente pessoais, estavam ali colocadas como tendência das artes nacionais em relação a nossa situação social.
- - -
"No entanto, penso que em certos aspectos a comparação de suas primeiras pinturas com a de outros artistas brasileiros com preocupações semelhantes pode ser esclarecedora... Mira conhecia a obra de Giorgio Morandi já na Itália. Além disso, pôde vê-la outras vezes no país, sobretudo nas Bienais de São Paulo. Estou convecido de que nenhum outro país - talvez nem mesmo a Itália - foi tão profundamente influenciado pela pintura de Morandi quanto o Brasil... poucos foram os grandes artistas brasileiros que não viram em sua obra algo que nos dissesse respeito.
Por certo, não é fácil identificar as razões desse interesse. Contudo, acredito que não estaríamos longe da verdade se víssemos nessa atração pelo sábio tonalismo morandiano um vínculo muito profundo com certos aspectos decisivos de nossa sociabilidade. Da ausência de grandes rupturas sociais à busca de uma convivência fraterna e pessoal, muitos traços decisivos da sociabilidade e da cultura brasileiras parecem depositar suas esperanças em vínculos mais pessais, nos quais relações afetivas e alheias às normais universais garantiriam uma defesa contra a impessoalidade das instituições, cuja história em geral contribuiu para um processo de cristalização de desigualdades e privilégios.
A cultura brasileira, em várias de suas manifestações, procurou superar a violência de nossa convivência social por um retorno à sabedoria, a situações em que uma sensiblidade muito sutil se mostrava como condição de um relacionamento baseado em vínculos afetivos e ancestrais, totalmente alheios à crueza das trocas baseadas no lucro e às normas institucionais. Basta pensar em Guimarães Rosa, para se ter uma noção mais clara disso: uma literatura na qual a descontinuidade da dicção moderna convive quase sem trauma com uma linguagem coloquial, apoiada fortemente na informalidade da língua falada em certas regiões rurais do Brasil.
Os limites e grandezas do legado morandiano no Brasil estão além das possibilidades desse ensaio. No entanto, vale a pena investigar um pouco mais detidamente as possíveis razões de a arte de Mira Schendel se afastar progressivamente dessa vertente estética que tanto a interessou no início. O tonalismo morandiano possibilitava uma aproximação amorosa e íntima entre coisas distintas..."
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"No entanto, penso que em certos aspectos a comparação de suas primeiras pinturas com a de outros artistas brasileiros com preocupações semelhantes pode ser esclarecedora... Mira conhecia a obra de Giorgio Morandi já na Itália. Além disso, pôde vê-la outras vezes no país, sobretudo nas Bienais de São Paulo. Estou convecido de que nenhum outro país - talvez nem mesmo a Itália - foi tão profundamente influenciado pela pintura de Morandi quanto o Brasil... poucos foram os grandes artistas brasileiros que não viram em sua obra algo que nos dissesse respeito.
Por certo, não é fácil identificar as razões desse interesse. Contudo, acredito que não estaríamos longe da verdade se víssemos nessa atração pelo sábio tonalismo morandiano um vínculo muito profundo com certos aspectos decisivos de nossa sociabilidade. Da ausência de grandes rupturas sociais à busca de uma convivência fraterna e pessoal, muitos traços decisivos da sociabilidade e da cultura brasileiras parecem depositar suas esperanças em vínculos mais pessais, nos quais relações afetivas e alheias às normais universais garantiriam uma defesa contra a impessoalidade das instituições, cuja história em geral contribuiu para um processo de cristalização de desigualdades e privilégios.
A cultura brasileira, em várias de suas manifestações, procurou superar a violência de nossa convivência social por um retorno à sabedoria, a situações em que uma sensiblidade muito sutil se mostrava como condição de um relacionamento baseado em vínculos afetivos e ancestrais, totalmente alheios à crueza das trocas baseadas no lucro e às normas institucionais. Basta pensar em Guimarães Rosa, para se ter uma noção mais clara disso: uma literatura na qual a descontinuidade da dicção moderna convive quase sem trauma com uma linguagem coloquial, apoiada fortemente na informalidade da língua falada em certas regiões rurais do Brasil.
Os limites e grandezas do legado morandiano no Brasil estão além das possibilidades desse ensaio. No entanto, vale a pena investigar um pouco mais detidamente as possíveis razões de a arte de Mira Schendel se afastar progressivamente dessa vertente estética que tanto a interessou no início. O tonalismo morandiano possibilitava uma aproximação amorosa e íntima entre coisas distintas..."
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Sanxia haoren
Terça-feira, no seminário da pós-graduação, um professor declarou enfaticamente que Still Life, de Zhang Ke, é de longe o melhor filme do cinema contemporâneo.
Meus amigos me dizem há algum tempo que o cinema asiático é a melhor coisa do (fraco) cinema atual. Mas ando meio afastada, e não fui atrás.
Por algum motivo senti que a frase do professor se endereçava a mim. Ele é algo paternal, e acredito sinceramente que se preocupe com o repertório estético dos ex-alunos.
Então peguei o DVD na locadora: o título (ruim) em português é Em busca da vida.
Meus amigos me dizem há algum tempo que o cinema asiático é a melhor coisa do (fraco) cinema atual. Mas ando meio afastada, e não fui atrás.
Por algum motivo senti que a frase do professor se endereçava a mim. Ele é algo paternal, e acredito sinceramente que se preocupe com o repertório estético dos ex-alunos.
Então peguei o DVD na locadora: o título (ruim) em português é Em busca da vida.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Almas transparentes
Respondendo ao Paulo, este é o trecho que estranhei no artigo de Cynthia Ozick:
- - -
"Qual é o verdadeiro significado da "loucura da arte" [referência a Henry James]? Arremedo, impostura, falsificação, faz-de-conta - mas não o verdadeiro arremedo, impostura, falsificação ou faz-de-conta do contador de histórias inventivo, que transporta seu leitor. Não: a arte, em lugar disso, enlouquece quando busca o rosto falso da distração desejosa. O escritor fraudulento é aquele que é visível, que busca a multidão, que fala para a multidão, aquele que sai para jantar com você com um objetivo em vista ou que fica parado conversando com você ou que discute hábitos mútuos de escritor com você ou que troca fofocas com você sobre outros romancistas e sua boa sorte invejável ou seu azar gratificante.
Se tudo isso é fato - e é fato -, então como poderia um jovem candidato a escritor aspirar entrar para as fileiras dos invisíveis apaixonadamente fantasmagóricos? Como conservar uma cobiçada invisibilidade clandestina e autêntica?
(...)
A loucura da arte - e, mais uma vez, contradigo Henry James de bom grado - não está na arte, mas na multidão insensata e alucinante, em que toda espécie de visibilidades se acotovelam, enquanto os fantasmas se sentam sozinhos diante de suas mesas e escrevem e escrevem e escrevem - como se disso dependesse a necessária transparência de suas almas."
- - -
Resumindo friamente: "necessária transparência de suas almas"? "invisibilidade clandestina e autêntica"?
Ok, o mundo atual de Big Brothers é um tanto cansativo. Mas não sinto saudades do mito da torre de marfim.
Até simpatizo com esse vil escritor que "troca fofocas com você sobre outros romancistas".
- - -
"Qual é o verdadeiro significado da "loucura da arte" [referência a Henry James]? Arremedo, impostura, falsificação, faz-de-conta - mas não o verdadeiro arremedo, impostura, falsificação ou faz-de-conta do contador de histórias inventivo, que transporta seu leitor. Não: a arte, em lugar disso, enlouquece quando busca o rosto falso da distração desejosa. O escritor fraudulento é aquele que é visível, que busca a multidão, que fala para a multidão, aquele que sai para jantar com você com um objetivo em vista ou que fica parado conversando com você ou que discute hábitos mútuos de escritor com você ou que troca fofocas com você sobre outros romancistas e sua boa sorte invejável ou seu azar gratificante.
Se tudo isso é fato - e é fato -, então como poderia um jovem candidato a escritor aspirar entrar para as fileiras dos invisíveis apaixonadamente fantasmagóricos? Como conservar uma cobiçada invisibilidade clandestina e autêntica?
(...)
A loucura da arte - e, mais uma vez, contradigo Henry James de bom grado - não está na arte, mas na multidão insensata e alucinante, em que toda espécie de visibilidades se acotovelam, enquanto os fantasmas se sentam sozinhos diante de suas mesas e escrevem e escrevem e escrevem - como se disso dependesse a necessária transparência de suas almas."
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Resumindo friamente: "necessária transparência de suas almas"? "invisibilidade clandestina e autêntica"?
Ok, o mundo atual de Big Brothers é um tanto cansativo. Mas não sinto saudades do mito da torre de marfim.
Até simpatizo com esse vil escritor que "troca fofocas com você sobre outros romancistas".
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Cynthia Ozick
Há algo estranho no texto publicado ontem no caderno Mais da FSP.
Título: Escritores fantasmas. Resumo: A FICCIONISTA NORTE-AMERICANA CYNTHIA OZICK FALA SOBRE A DISTINÇÃO ENTRE FAMA E RECONHECIMENTO NO MEIO LITERÁRIO.
Ao fim do texto consta que a autora nasceu em 1928. Fiz as contas e pensei: uma mulher de 80 anos talvez tenha algo sério a dizer sobre este tema, que me preocupa. Consta que o texto é um resumo, e a íntegra foi publicada originalmente na (revista?) "Standpoint".
Mas depois de comentários perdidos entre o lugar comum (o escritor não é e/ou não deve ser famoso como um ator ou político) e a nostalgia de Henry James, começo a me angustiar com a insistência nesse mito do escritor solitário.
Segue o trecho final. Talvez amanhã eu escreva mais sobre isso.
- - -
"Se você já leu até aqui, é possível que já lhe tenha ocorrido a ideia de que você nunca antes viu nada desta escritora e a pergunta: "Por quê?". Apresento como evidência uma carta recebida hoje de meu prezado agente literário em Londres -um relatório de royalties, sem cheque anexado, todos os adiantamentos não ganhos, balanço zero. Tenho a sorte de ser tolerada: nenhum agente ou editor decidiu, até agora, me abandonar, como merece qualquer persistente escoadouro de lucros.
Talvez, contrariando a opinião corrente, ainda resista entre os especialistas editoriais algum traço benevolente que os leve, em raras ocasiões, a elevar-se a um grau de magnanimidade apenas ligeiramente inferior ao dos anjos. Como esse não é o destino reservado à maioria dos invisíveis, relato uma história confessional de muito tempo atrás. Como o astuto, mas infeliz Jacó, na Bíblia, eu primeiro cortejei Lia enquanto desejava Raquel. O cortejo de Lia levou sete anos, o cortejo de Raquel, outros sete. Lia foi meu primeiro romance. Ambicioso em excesso, foi abandonado depois de 300 mil palavras.
Raquel foi meu segundo primeiro romance, ainda mais contaminado pela ambição e, completo, tinha mais de 800 páginas. A paga da gula frenética: 14 anos que passaram voando. Certa tarde, no próprio dia em que terminei de digitar a última oração, eu enviei meu segundo primeiro romance ["Trust"] a um editor que exercia sua profissão num arranha-céu de Nova York.
Meu manuscrito me foi devolvido pelo correio com cem páginas marcadas a lápis vermelho -e um bilhete. O bilhete dizia: "Se você fizer tudo o que meu lápis vermelho sugere, e é claro que haverá mais nesse mesmo veio, aceitaremos publicar seu romance. Mas, se recusar o conselho indispensável de meu lápis vermelho, nós nos recusaremos a publicá-lo".
Catorze anos passados! Ao editor, escrevi: "Sete anos labutei por essas palavras, e outros sete anos ainda; portanto, digo a ti "não, nem um ponto ou uma vírgula irei alterar ou desfazer'". Ao que o bendito editor respondeu: "OK, publicaremos assim mesmo".
Ele morreu repentinamente, aos 42 anos -eu sobrevivo a ele há décadas-, e antes disso eu já o elogiara mil vezes. E mil vezes me admoestou: "Você me acha um grande editor apenas porque nunca a editei". E foi assim que uma escritora acanhada, obsequiosa, discreta se tornou ferrenhamente invisível, em casa entre os fantasmas. E assim ela permanece.
Título: Escritores fantasmas. Resumo: A FICCIONISTA NORTE-AMERICANA CYNTHIA OZICK FALA SOBRE A DISTINÇÃO ENTRE FAMA E RECONHECIMENTO NO MEIO LITERÁRIO.
Ao fim do texto consta que a autora nasceu em 1928. Fiz as contas e pensei: uma mulher de 80 anos talvez tenha algo sério a dizer sobre este tema, que me preocupa. Consta que o texto é um resumo, e a íntegra foi publicada originalmente na (revista?) "Standpoint".
Mas depois de comentários perdidos entre o lugar comum (o escritor não é e/ou não deve ser famoso como um ator ou político) e a nostalgia de Henry James, começo a me angustiar com a insistência nesse mito do escritor solitário.
Segue o trecho final. Talvez amanhã eu escreva mais sobre isso.
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"Se você já leu até aqui, é possível que já lhe tenha ocorrido a ideia de que você nunca antes viu nada desta escritora e a pergunta: "Por quê?". Apresento como evidência uma carta recebida hoje de meu prezado agente literário em Londres -um relatório de royalties, sem cheque anexado, todos os adiantamentos não ganhos, balanço zero. Tenho a sorte de ser tolerada: nenhum agente ou editor decidiu, até agora, me abandonar, como merece qualquer persistente escoadouro de lucros.
Talvez, contrariando a opinião corrente, ainda resista entre os especialistas editoriais algum traço benevolente que os leve, em raras ocasiões, a elevar-se a um grau de magnanimidade apenas ligeiramente inferior ao dos anjos. Como esse não é o destino reservado à maioria dos invisíveis, relato uma história confessional de muito tempo atrás. Como o astuto, mas infeliz Jacó, na Bíblia, eu primeiro cortejei Lia enquanto desejava Raquel. O cortejo de Lia levou sete anos, o cortejo de Raquel, outros sete. Lia foi meu primeiro romance. Ambicioso em excesso, foi abandonado depois de 300 mil palavras.
Raquel foi meu segundo primeiro romance, ainda mais contaminado pela ambição e, completo, tinha mais de 800 páginas. A paga da gula frenética: 14 anos que passaram voando. Certa tarde, no próprio dia em que terminei de digitar a última oração, eu enviei meu segundo primeiro romance ["Trust"] a um editor que exercia sua profissão num arranha-céu de Nova York.
Meu manuscrito me foi devolvido pelo correio com cem páginas marcadas a lápis vermelho -e um bilhete. O bilhete dizia: "Se você fizer tudo o que meu lápis vermelho sugere, e é claro que haverá mais nesse mesmo veio, aceitaremos publicar seu romance. Mas, se recusar o conselho indispensável de meu lápis vermelho, nós nos recusaremos a publicá-lo".
Catorze anos passados! Ao editor, escrevi: "Sete anos labutei por essas palavras, e outros sete anos ainda; portanto, digo a ti "não, nem um ponto ou uma vírgula irei alterar ou desfazer'". Ao que o bendito editor respondeu: "OK, publicaremos assim mesmo".
Ele morreu repentinamente, aos 42 anos -eu sobrevivo a ele há décadas-, e antes disso eu já o elogiara mil vezes. E mil vezes me admoestou: "Você me acha um grande editor apenas porque nunca a editei". E foi assim que uma escritora acanhada, obsequiosa, discreta se tornou ferrenhamente invisível, em casa entre os fantasmas. E assim ela permanece.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Polvilho
No álbum tem uma foto minha diante do navio da Island Escape, na primeira vez que usamos métodos alternativos para chegar à França. (a mãe do cabrito mora lá, então as viagens não são propriamente turismo)
Foto sofisticada: eu paradinha diante do navio, com uma risadinha besta. Foi em 2004, eu não tinha câmera digital, e daria algum trabalho pra colocar a imagem aqui no blog.
Mas uma coisa vale pela outra, então segue algo praticamente igual: eu paradinha diante do ônibus, seguindo para Porto Alegre em 2005.
Foto de viagem é uma arte que não domino.
Foto sofisticada: eu paradinha diante do navio, com uma risadinha besta. Foi em 2004, eu não tinha câmera digital, e daria algum trabalho pra colocar a imagem aqui no blog.
Mas uma coisa vale pela outra, então segue algo praticamente igual: eu paradinha diante do ônibus, seguindo para Porto Alegre em 2005.
Foto de viagem é uma arte que não domino.
sábado, 4 de abril de 2009
Partir en cargo
Gastei algum tempo nesta semana para conseguir informações, agendar e comprar um lugarzinho nos seguintes meios de transporte:
- avião de Sao Paulo a Paris, com escala em Madrid
- navio cargueiro de Le Havre a Belém do Pará, com escala nas ilhas de Saint Marteen, Trinidad e Degrad des Cannes, na Guiana Francesa
- avião de Belém a São Paulo, com escala em Brasília
A vida é estranha quando uma pessoa que REALMENTE não voa de avião casa com outra, no caso eu, que acha isso divertido.
- - -
Como dizia a bíblia do Bokononismo, nos fragmentos divulgados pelo meu ídolo de adolescência Kurt Vonnegut: nunca recuse um convite estranho. Os convites estranhos são aulas de dança oferecidas por deus.
- avião de Sao Paulo a Paris, com escala em Madrid
- navio cargueiro de Le Havre a Belém do Pará, com escala nas ilhas de Saint Marteen, Trinidad e Degrad des Cannes, na Guiana Francesa
- avião de Belém a São Paulo, com escala em Brasília
A vida é estranha quando uma pessoa que REALMENTE não voa de avião casa com outra, no caso eu, que acha isso divertido.
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Como dizia a bíblia do Bokononismo, nos fragmentos divulgados pelo meu ídolo de adolescência Kurt Vonnegut: nunca recuse um convite estranho. Os convites estranhos são aulas de dança oferecidas por deus.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
O tempo é o senhor do planeta
Perco meu tempo com cada bobagem.
Por exemplo, agora entrou a moda de Quiz no Facebook. Como toda vulgar mulherzinha, não consigo ver um teste idiota sem fazê-lo. Mas andava pensando... se o facebook é tão interativo, por que não inventam uma ferramenta para fazermos nossos próprios quizes?
Para provar que o deus da internet existe, lá estava hoje o link: make your own quiz. Fiquei animada, caprichei nas maiores imbecilidades e ao final recebi um aviso"parabéns! aguarde uns instantes até que seu quiz seja divulgado para os outros usuários".
Mas que angústia! Quanto precisarei esperar?
Olhem como ele ficou bonitinho:
TEMA:
Qual sua relação secreta com o trabalho doméstico?
Descubra o que existe por trás da pilha de roupas sujas acumuladas em sua casa.
UMA PERGUNTA E UMA RESPOSTA:
Quem, como e quando suas roupas são lavadas?
Vou te dizer uma coisa: o cesto de roupa suja lá em casa não sabe o que significa "vazio interior".
RESULTADO PARA ESSA OPÇÃO:
O tempo é o senhor do planeta.
Pra que varrer o pó, que é um ser humano como outro qualquer? Deixe o tempo seguir seu curso. A poeira é o adubo do chão, a sujeira faz parte da natureza. Você tem a sabedoria que o planeta precisa pra manter sua beleza eterna.
Por exemplo, agora entrou a moda de Quiz no Facebook. Como toda vulgar mulherzinha, não consigo ver um teste idiota sem fazê-lo. Mas andava pensando... se o facebook é tão interativo, por que não inventam uma ferramenta para fazermos nossos próprios quizes?
Para provar que o deus da internet existe, lá estava hoje o link: make your own quiz. Fiquei animada, caprichei nas maiores imbecilidades e ao final recebi um aviso"parabéns! aguarde uns instantes até que seu quiz seja divulgado para os outros usuários".
Mas que angústia! Quanto precisarei esperar?
Olhem como ele ficou bonitinho:
TEMA:
Qual sua relação secreta com o trabalho doméstico?
Descubra o que existe por trás da pilha de roupas sujas acumuladas em sua casa.
UMA PERGUNTA E UMA RESPOSTA:
Quem, como e quando suas roupas são lavadas?
Vou te dizer uma coisa: o cesto de roupa suja lá em casa não sabe o que significa "vazio interior".
RESULTADO PARA ESSA OPÇÃO:
O tempo é o senhor do planeta.
Pra que varrer o pó, que é um ser humano como outro qualquer? Deixe o tempo seguir seu curso. A poeira é o adubo do chão, a sujeira faz parte da natureza. Você tem a sabedoria que o planeta precisa pra manter sua beleza eterna.
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