Entre tantos lugares estranhos em que procurei a internet, este talvez seja o misto mais improvável entre um lar e o improviso tecnológico.
No fundo da minha casa fica o escritório do meu marido. É uma edícola de dois andares. No térreo há um quarto de empregada. Ela dorme aqui durante a semana porque tem um filho pequeno, difícil voltar de ônibus para seu bairro todo dia.
Nesse quarto o quadro com os fios de telefone. O fio principal de banda larga é dividido por um roteador entre 5 computadores. Desde quarta-feira o roteador estragou, e a única maneira de usar a internet é colocar um laptop ali dentro e puxar um cabo diretamente do modem.
No quarto há um berço, e o bebê dormindo.
A TV ligada no discovery kids.
O computador sobre a cama dela, e eu sentada num banquinho de madeira pintado de verde, que peguei da casa do meu avô quando ele morreu.
Ele gostava de verde claro, rosa claro, azul claro. Eram as cores usadas pelos imigrantes poloneses em Curitiba. Várias casas de madeira pintadas assim.
O bebê acordou e está olhando pra mim, me oferecendo seu brinquedo amarelo. Coloquei seu triciclo na porta, para os cachorros não invadirem o quarto.
Tudo isso para usar a internet.
Realmente muito estranho.
3 comentários:
Muito. rs...
quem mandou ser mulher dos sete instrumentos? antigamente isso era virtude de alguns homens,e as mulheres viviam entre seus alfinetes. mas, as feministas se arvoraram e agora estamos nós trocando lâmpadas e descascando fios. azar nosso?
Ah, mas eu também tenho meus alfinetes!
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