quarta-feira, 26 de março de 2008

Meu estojo

Quando eu era criança, em Curitiba, não dizíamos "estojo".

Dizíamos "penal". Aparentemente, para guardar as penas.

Depois meu pai me ensinou a fazer uma caneta primitiva, cortando a base de uma pena enorme.

Funcionava com tinta nanquim, e me senti orgulhosa. Eu poderia escrever mesmo que toda a tecnologia do mundo acabasse.

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Minha mãe e minhas tias tentavam lembrar frases de minha avó, para colocar na sepultura. A tia lembrou uma frase linda: "estudo não ocupa lugar".

5 comentários:

Anônimo disse...

É parecida à frase da minha mãe: "saber não ocupa espaço".

júlia disse...

hoje você vive em sp?
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antes de sair do orkut vi que você faz parte da comunidade 'aeroanta curitiba'. engraçado. o projeto arquitetônico de lá foi do meu namorado que era, inclusive, um dos sócios.
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uma coisa que ele me ensinou foi a gostar de neil young. do qual lembrei de um verso com o seu comentário sobre a técnica marcial e o continuar: "it's better to burn out, than to fade away".

iéah,

Naomi Conte disse...

muito antigamente lá em porto alegre se falava em "ficar de valde"... expressão muito linda...

maria claudia disse...

a frase que concorre com essa é "tudo passa". votei nela, pelo que tem de filosófico e a do vô "tudo é ilusão" e combina com "as nuvens são as mesmas".

sabina anzuategui disse...

Minha m�e tamb�m dizia: ficar de balde. Agora olhei no dicion�rio e existe tamb�m a forma "debalde". Parece que vem de batil - in�til, em �rabe.