Desculpe se ninguém entender. Tenho a obsessão das datas.
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Julho de 1997
Enviei "Contos Femininos" para Jiro Takahashi e ele me respondeu.
Algum momento entre julho e agosto de 1997
Escrevi os contos que reuni com o título "Dê a uma mulher o sapato certo e ela conquistará o mundo".
21 de agosto de 1997
Enviei a Jiro "Dê a uma mulher...". Ele me respondeu bastante rápido. Disse que eu deveria transformar aquilo num pequeno romance, o que não consegui fazer.
Setembro de 1997
Tive a idéia de fazer um livro com as cartas de André Forastieri. Pedi as cartas a ele, que gentilmente me enviou cópias em xerox. Logo em seguida abandonei o livro.
Em 1998
Só conseguia escrever títulos.
Julho de 1999
Tentei começar uma história que deveria ser um romance, chamada "Aquele foi um ano terrível mas teve as noites mais lindas".
Julho de 2000
Parei de escrever "Aquele foi um ano...". Só consegui fazer 47 páginas.
Abril de 2001
Tive uma idéia para terminar "Aquele...". Mudei o título para "O fogão explodiu".
Julho de 2001
Cheguei ao fim de "O fogão...". Enviei a Jiro e Heloisa.
Dezembro de 2001
Escrevi o conto "Cena avulsa".
Algum momento entre 2001 e 2002
Recebi resposta de Jean-Claude e Heloisa sobre "O fogão...". Na hora chorei, e tive dificuldades para me recompor. Pela primeira vez, percebi que o problema da linguagem era mais sério que eu pensava. Heloísa se incomodou porque usei pronome indireto em casos de objeto direto.
Setembro de 2002
Comecei a escrever "Infância", a partir dos sentimentos de "Cena avulsa".
Novembro de 2002
Organizei a primeira versão de "Minha vida de lésbica começou bem", a partir dos contos de "Dê a uma mulher..."
Setembro de 2003, aproximadamente
Enviei "Minha vida de lésbica..." para a editora.
Março de 2005
"Minha vida..." publicado com o título "Calcinha no varal".
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Durante todo esse período, tive muita dificuldade para lidar com a melancolia e a tristeza e o sentimento de abandono e os intervalos de euforia. No começo de 2003 fui a um psiquiatra pela primeira vez. Em agosto desse ano, tomei os primeiros comprimidos.
Esse foram os títulos que escrevi em 1998:
- Os loucos são loucos, as mulheres são sempre servis
- Carreirista, filha da puta, e doce, e sincera
- Cuidadosamente evitando o suicídio
- Destruindo os bens da família
- Um queijo no lugar do coração
Um comentário:
Oi
Não sei se o que acabei de ler é verdade ou ficção, mas escrevi este dias algo sobre "o diário de um suicida vivo" (parte fictício, parte real). Meus objetos estão sempre em discordância com os pronomes e tenho um sério problema com os acentos gráficos. Conhece algum escritor disléxico? Não? Eu tb não. Sei que essa carreira não é pra mim mas, escrevo mesmo assim.
Desculpa invadir seu blog com esse comentário esdruxulo. É q eu gostei de ler certas coisas aqui.
Modere e apague se julgar necessário.
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