Decisões em 27 de setembro de 2009 às 16h30.
- Retomar o título na gaveta desde 1997, "O materialismo dialético das lésbicas"
- Escrever como peça de teatro (porque é mais rápido e ando sem tempo; porque sinto falta do teatro - humana e politicamente)
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Ou talvez eu não escreva como teatro. Posso continuar em capítulos ríspidos a partir do conto que fiz para o Rosel, "Lésbicas falando de suas mães". Sendo ríspido, é mais rápido.
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Detalhe curioso: "Calcinha no varal" foi escrito com menos horas-cadeira que horas-angústia ou horas-pensamento. Seis anos de angústia e três meses no computador. Para publicar, foi surpreendemente fácil. Simplesmente aceitaram.
Muita gente, até hoje, acha o texto fácil e engraçado, elogiam a agilidade narrativa.
Mas isso não foi de propósito. Foi porque eu andava agitada demais e não conseguia parar na cadeira: então condensava as idéias pra ficar pronto o mais rápido possível.
Com o antigo "Afeto", atual "Um caderno...", tentei fazer uma narrativa mais tradicional, lenta, descritiva. Porque queria fazer um romance com cara de romance - e não um jato adolescente (o que o "Calcinha" não era propriamente, mas poderia parecer, julgamento que eu temia).
E quando ficou pronto... a editora não quis.
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Porque a Cia. das Letras é bastante erudita em seus clássicos, e dos autores jovens espera "juventude"?
Mistério...
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