sexta-feira, 27 de março de 2009

Zéquinha nostálgico

Se alguém me perguntasse aos dezoito anos o que, dentre todas as coisas e fatos do mundo, eu considerava MAIS IMPROVÁVEL de acontecer comigo - além naturalmente de casar numa cerimônia judaica e ter uma certidão onde consta "casamento religioso com validade civil" - eu diria: sentir saudades de Curitiba.

Mas, como diz a sabedoria popular, o impossível acontece.

E aconteceu ontem, diante da TV, no sofá desta mesma casa onde moro, quando inesperadamente o controle remoto me conduziu pelos mistérios da tecnologia até um documentário sobre as balas Zequinha.

Pena que agora é sexta à noite e não vou ficar aqui escrevendo sobre isso.

Seguem apenas algumas imagens, e o texto de um blog, para quem - entre tantas pessoas perdidas nesse mundo - puder se interessar.





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VOCÊ CONHECE O ZEQUINHA?, por Anthony Leahy

A fábrica de doces "A Brandinha" foi fundada na década de 1920, por quatro irmãos poloneses - Francisco, João, Antônio e Eduardo Sobania - que idealizaram e lançaram, em 1929, as Balas Zequinha, onde as balas eram embrulhadas em um papel com o desenho de um palhaço exercendo as mais diversas profissões e situações.

Inicialmente foi desenhada uma série de 30 figurinhas e posteriormente expandido até 50, pelo desenhista Alberto Thiele da Impressora Paranaense, na forma de palhaço careca, de boca aumentada pela maquiagem, gravata borboleta e sapatos tipo lancha. Virou figurinha-papel de bala, sob inspiração da balas Piolim, que eram embrulhadas em caricaturas do palhaço paulista Piolim. Somente quando Paulo Carlos Rohrbach assume a responsabilidade do desenho é que a coleção passa a ter 200 figurinhas.

Em 1948 foi vendida aos irmãos Francheschi (Franceschi & Cia Ltda, de Romar e Radi Franceschi) e, posteriormente, em 1955, assume a fábrica Elisio Gabardo e Plácido Massochetto.

Em 1967 Zigmundo Zavatski compra o direito da marca e a relança. Em 1986, a J. J. Promoções, de Jeferson Zavatski e João Iensen, recomeça a explorar a marca "Balas Zequinha", oferecendo pacotes de figurinhas com as figurinhas do Zequinha junto com doces, já para preencher álbum próprio.

Apesar dos diversos proprietários, o personagem Zequinha - o mais curitibano de todos os piás - resistiu ao tempo tornando-se um dos grandes ícones paranaense do Século XX.

Em 1979 , o Governo do Paraná lança a campanha do clube do Zequinha , para melhorar a arrecadação de ICM, com algumas figuras já adaptadas aos novos tempos (ecologia, trânsito, etc). Foi feita uma releitura do visual do personagem, mordernizando-o, mas sem ofender o conceito original.

Mais informações aqui e aqui.

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