Li "Infância" por indicação do meu professor Jean-Claude, que falava dos livros que o influenciaram nos anos 60 (era mesmo essa década?). No blog Sete Linhas coloquei um trecho que me emociona muito, sobre a escola primária. Uma frase dela e algumas linhas do meu livro "O afeto", que comecei a escrever inspirada por seu trabalho.
Na coletânea organizada por Betty Milan, "A força da palavra", há uma entrevista comovente.
- - -
"BM - Colette dizia que a frase bonita, o belo, é perigoso para um escritor. A senhora diz a mesma coisa. Poderia explicar por quê?
NS - Escrevi sobre isso um texto enorme: Entre a vida e a morte. Quando o autor trabalha e retrabalha a frase e ela se torna bela demais, perde o contato com a sensação que lhe deu origem. A frase se torna morta, ela responde a um cânone de beleza. É perigoso. É preciso então recomeçar tudo de novo, voltar à sensação para que a frase viva. O que é a beleza? A beleza responde a algo de muito acadêmico. Trata-se antes de procurar uma determinada sensação, de ficar o mais perto possível dela e depois exprimi-la, fazê-la viver, transmiti-la por meio da escrita."
Nenhum comentário:
Postar um comentário